As estratégias jurídicas para buscar garantir o enquadramento sindical dos empregados das gráficas rápidas e a experiência de comunicação da Conatig foram destacadas na Turquia, na última semana, durante o Congresso Mundial do Setor Gráfico da UNI Global (órgão intersindical internacional que reúne diversas categorias profissionais, inclusive o gráfico). Na ocasião, o presidente da Confederação dos gráficos do Brasil, Leonardo Del Roy, foi eleito vice-presidente do setor gráfico da entidade internacional. Apesar dos grandes desafios dentro do território nacional, a CONATIG, que representa 220 mil trabalhadores, tem desenvolvido iniciativas na vanguarda dos eixos de ações deliberadas no Congresso Mundial da Categoria. Duas ações se destacam. São elas: a política de comunicação sindical, utilizando o jornalismo e as tecnologias digitais; e a estruturação jurídica para atuar na defesa dos gráficos frente ao avanço da impressão digital versus o tradicional no papel. Ou seja, a CONATIG tem atuado para garantir o enquadramento sindical dos empregados as gráficas de impressão digital, conhecidas no país como ‘gráficas rápidas’.
Além disso, outro eixo central deliberado no evento internacional trouxe a necessidade de melhorar a atuação da representação sindical dentro das empresas multinacional do setor gráfico. Este ponto que inclusive já chama atenção da CONATIG, que vem trabalhando para mapear quantas empresas do gênero funcionam do país, e quais as suas características, precisa avançar tanto no território nacional, como na América Latina e demais continentes, uma vez que a UNI Global definiu e priorizou que haja a formação de acordo globais dessas empresas nacionais. O setor gráfico da entidade deliberou que é necessário a configuração de pelo menos dois acordos desse tipo nos próximos quatro anos.
Diante da dificuldade da implementação desses acordos em função das grandes diferenças de legislação trabalhistas e de organização sindical e realidades socioeconômicas, políticas e culturais distintas dos países e dos continentes, o novo vice-presidente do Setor Gráfico da UNI Global, Leonardo Del Roy, terá que trabalhar fortemente dentro e fora do País, a fim de contribuir nesta demanda. Neste viés, baseado nas diferenças e dificuldades continentais, o novo dirigente sugere que a perspectiva de formação desse acordo global de alguma empresa multinacional, seja provocada pelo movimento sindical continental na intenção de avançar num acordo na esfera continental, como modelo posterior para o mundo. Ou seja, apesar de reconhecer a extrema dificuldade do êxito, Del Roy sugere que os gráficos da América Latina busquem a experiência dentro do continente, articulados entre si, mas também a nível planetário.
No final deste mês, no dia 30, Del Roy, participa do Comitê Executivo do UNI Gráficos América – segmento que reúne a categoria nas Américas. O dirigente vai levar essa discussão para os companheiros. Ele lembra que existe a Confederação dos Industriais Gráficos da América Latina e a UNI Gráficos América pode iniciar a pressão a partir dessa instância, no sentido de tentar buscar a formação de acordos globais das gráficas multinacionais a partir de negociação comum para o continente. Outra frente é buscar apoio dos governos dos países Latinoamericanos para fortalecer as leis voltadas a garantia da representação sindical e o direito dos trabalhadores, além da proibição do trabalho infantil e discriminação com as mulheres.
FONTE: CONATIG
Last modified on الثلاثاء, 23 حزيران/يونيو 2015